03/06/2013
Além do intenso trabalho de repressão e de apreensão de drogas, policiais civis da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) desenvolvem um projeto educativo, em parceria com escolas de todo o Paraná, para alertar sobre as consequências do uso de drogas. Profissionais do Centro Antitóxicos de Prevenção e Educação (Cape) da Denarc ministram palestras em colégios e distribuem cartilhas explicativas, uma específica para os estudantes e outra para os professores.
Durante esta semana, a palestra foi levada ao Colégio Dom Orione, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Aproximadamente 300 adolescentes participaram das explicações sobre os riscos do uso de bebida alcoólica, cigarro, maconha, crack, ecstasy e outras drogas. Os policiais também compartilharam experiências que são atendidas pela Denarc, para que os alunos tenham conhecimento de casos reais provocados pelo uso de entorpecentes.
E é justamente por ver de perto o estrago que as drogas causam na vida das pessoas que o trabalho preventivo da Denarc é promovido. “É muito importante conversar sobre o tema em sala de aula e deixar o tabu de lado, de que falar sobre drogas é proibido. Porque a facilidade na obtenção das drogas é muito grande. As explicações sobre as consequências do uso também devem ser, porque com a droga vai embora a saúde, a família, o emprego”, defende a coordenadora do projeto, a policial civil Maria Cristina Venâncio.
“A prioridade é educar, porque muitas vezes, em um momento de fragilidade, a pessoa pode deparar-se com as drogas. E nós podemos ver que, com as informações repassadas nessas conversas nos colégios, temos resultados positivos”, avalia o policial Nelson Venâncio Filho, que integra o trabalho desenvolvido pela Cape.
O estudante Leonardo Mateus Matoski, de 15 anos, acredita que os conhecimentos da palestra serão úteis no futuro. “É bem importante, porque os policiais vêm e nos repassam experiências que eles vivenciam todos os dias”, fala. Isadora Zattoni, 15 anos, também destacou a importância de se conhecer os efeitos que as drogas causam nas pessoas.
A professora Flávia Barcia elogiou o trabalho desenvolvido pela Denarc. “Foi muito produtivo, porque eles trouxeram uma cartilha com informações sobre como identificar um aluno que usou drogas, o que pode nos auxiliar muito no trbaalho diário”, apontou.
PREPARAÇÃO - A coordenadora do trabalho na Denarc explica que as palestras só são ministradas em escolas que já realizam um trabalho prévio de conscientização sobre o assunto, para que a compreensão seja mais ampla.
No caso do Colégio Dom Orione, a coordenadora pedagógica da instituição, Tereza Christina Silveira, conta que todo mês é escolhido um valor para ser trabalhado. “É um tema desenvolvido com todas as classes, do maternal até o Ensino Médio, envolvendo alunos, professores, funcionários e famílias. Além disso, mantemos um trabalho de prevenção permanente em relação a drogas e sexualidade”, afirma.
CARTILHAS – A cartilha distribuída pela Denarc aos estudantes, sobre consequências do uso de drogas, traz, em um material ilustrado, mitos e verdades sobre diversas substâncias, além da indicação de alguns filmes que abordam o assunto. No material destinado aos educadores, a Denarc menciona estudos sobre tendências da utilização de drogas por adolescentes, além de possíveis abordagens e tarefas que podem ser feitas dentro do colégio, como a montagem de painéis informativos, jogos, feira de ciências e análise da publicidade.
Além das palestras, o Centro Antitóxicos de Prevenção e Educação da Denarc mantém o Museu da Droga, que pode ser visitado na sede, em Curitiba, com visitas guiadas, e faz encaminhamento de dependentes químicos para clínicas e hospitais.
CONTATO – As escolas que já desenvolvem projeto sobre prevenção ao uso de drogas e que queiram iniciar uma parceria com a Denarc ou ainda tirar dúvidas sobre o funcionamento das palestras pode entrar em contato com a unidade pelo telefone (41) 3321-1920.
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