As unidades da Polícia Judiciária Civil iniciaram o cadastramento de pessoas investigadas para alimentação do banco de dados do módulo operacional Vinculum, do Projeto GEIA. O modulo é direcionado as delegacias de polícia, para o armazenamento de dados de alvos investigados em operações policiais, de forma a criar um banco de informações único e integrado na Polícia Civil.
"O preenchimento dos campos do módulo ainda é considerado pequeno, havendo necessidade das unidades se aterem para a importância do trabalho", avalia o delegado geral, Anderson Garcia.
Para o delegado, é de suma importância que todas as delegacias invistam tempo na ferramenta, pois as informações são de extrema relevância ao trabalho policial, uma vez que a ideia é estruturar o banco de dados, para consulta a todos os policiais com senha ao sistema, assim como acontece com os Sistema QWS e Infoseg. "Quanto mais alimentado tiver, melhor será o resultado das investigações. Todos os policiais devem alimentar do módulo vinculum", recomenda o delegado geral.
O Vinculum deve ser alimentado com todas as informações cadastrais de pessoas suspeitas investigadas nas delegacias de polícia e também os presos que passam pelas unidades. O cadastro requer detalhes que, a principio, parecem sem importância, mas podem ser cruciais para identificação de criminosos, como tatuagens, tiques e outras características da personalidade, além dos relacionamentos com outros criminosos, vida pregressa (passagens criminais) e inquéritos que respondem.
O módulo Vínculum está em funcionamento desde agosto de 2013 e foi desenvolvido pela Fábrica de Software da PJC, para substituir os bancos de dados criminal e fotográfico das delegacias de polícia, condensando-os em um único banco de informações dentro do Geia e de acesso integrado a todos os policiais das unidades de polícia do Estado.
O analista e escrivão, Ricardo Barcelar , explica que o módulo Vinculum, como próprio nome já diz, possibilita o cruzamento de informações de acordo com a necessidade da pesquisa, dando maior agilidade no trabalho de investigação e ampliando o campo de busca, já que dados de outras unidades estariam no sistema, uma vez alimentados pelos usuários. “É uma ferramenta que vem para auxiliar na investigação, pois permite consulta pela internet, via computador ou celular smartphone”, destaca.
O uso do Geia é simples. Basta o policial acessar o link no banner do Geia, na página da Polícia Judiciária Civil, preencher o termo de compromisso e enviar para e-mail da Fábrica de Software da PJC, na Acadepol. Depois de aprovado é fornecido uma senha de acesso.
O Projeto Geia, desenvolvido em 2010, para dar maior celeridade na gestão de informações administrativas e operacionais da Polícia Judiciária Civil, já é um grande sucesso no módulo administrativo. Hoje, toda as informações do efetivo de Polícia Civil, sua gestão, como número de policiais lotados por unidades, patrimônio por unidade policial, contratos, imóveis e armamento, estão no sistema que gera relatórios de gestão, facilitando a visualização do quadro de servidores e toda a estrutura e patrimônio das delegacias aos titulares e diretores, orientando-os nas reivindicações e tomadas de decisões.
A ferramenta administrativa é utilizada há mais de 2 anos e foi denominada "Argus". Ainda pelo Geia, há o sistema de controle de cartas precatórias para a Gerência Estadual de Polinter.
O GEIA
O Geia é um sistema que reúne um conjunto de módulos que visa a gestão, controle e rotinas administrativas e operacionais, ajudando no fornecimento de informações rápidas as delegacias de polícia. O projeto foi concluído no início do ano de 2013 e tornou-se um produto da Polícia Judiciária Civil, mantido pela Fábrica de Software, da Academia de Polícia, como solução permanente para gestão administrativa e operacional por meio do desenvolvimento de software.
O Geia surgiu para atender a demanda originalmente definida pela Polícia Judiciária Civil, a fim de organizar informações e armazená-las de forma sistemática, para que a consulta seja rápida e fácil a quem necessite da informação em tempo oportuno.
Fábrica de Software
A fábrica de software também absorveu outros sistemas, como o sistema de controle de ensino e capacitação e o sistema de biblioteca da Acadepol, assim como passou a desenvolver novas soluções como a de controle de pátio para veículos apreendidos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos, que será nominada de Atrium e o sistema de controle de carteiras Blaster.
Todos os sistemas originados do projeto Geia foram implementados com tecnologia Open Source utilizando plataforma Java, framework Jboss Seam, Sistema Gerenciador de Banco de Dados PostgreSQL e outras ferramentas que contribui para o desenvolvimento.
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